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Salvação e Galardão

Salvação e Galardão

Galardão

É comum ouvirmos nas igrejas que para sermos salvos temos que santificar nossas vidas abandonando todo tipo de pecado como vícios, prostituição, adultério, mentira, pornografia, hipocrisia e outros. Existe nesse pensamento uma grande confusão entre salvação e galardão. Esses dois conceitos são distintos e têm aplicações diferentes na vida do cristão. Provavelmente você não sabe, mas talvez você esteja buscando santificação com a finalidade errada.

 

Salvação é o ato pela qual Deus aplica o sacrifício de Cristo na cruz do calvário a nos. Assim todos os nossos pecados são perdoados e temos a garantia que iremos para o céu. Tudo isso vêm através de um ato de fé (Rm 5:1). Ou seja, a salvação nos é dada por aquilo que Cristo fez na cruz do calvário e não por causa das nossas próprias obras. Por mais que você não beba, não fume, tenha uma mulher só, seja honesto, seja um bom cidadão, faça caridade, não minta, pregue o evangelho, faça longas orações, seja dizimista e pratique outras atitudes virtuosas nada disso conquista sua salvação. O homem por si só não é capaz de alcançar a divindade. Nossa justiça é como trapo de imundícia perante Deus (Is 64:6).

 

Um mestre do século IX chamado Pelágio defendia uma heresia que dizia que o homem poderia alcançar a salvação apenas com os seus próprios esforços. Essa doutrina ficou conhecida como pelagianismo e foi fortemente combatida pelos pais da igreja. Posteriormente surgiu o semipelagianismo que coloca salvação advinda da cooperação entre o agir humano e a graça de Deus. Essa doutrina também é herética. A salvação é um presente dado por Deus e não vem de nenhum mérito nosso. Infelizmente nossos púlpitos estão cheios de pregações que dizem que se não seguirmos regra A, B, C ou D não iremos para o céu. Não estou dizendo que não devemos seguir as determinações da igreja (isso é outro tema), mas sim que elas não influenciam na decisão divina se uma pessoa vai para o céu ou para o inferno. Defender o contrário é defender o pelagianismo ou o semipelagianismo.

 

Mas você pode está pensando no para que servem as boas obras já que não são elas que nos trazem salvação. Alguém pode até achar que como cristão pode fazer o que quer já que é a fé em Cristo que o salva. Não funciona desta maneira. Paulo responde este questionamento em Romanos 5: 1 ao 4. Alguém que realmente tem fé em Cristo naturalmente terá boas obras. Se o Espírito Santo habita no coração da pessoa ele nutrirá nela um profundo desejo de santificação e de fazer o bem. Nosso velho homem foi sepultado com Cristo, então andemos em novidade de vida. Além disso, possuem as boas obras uma função para outra coisa.

 

As boas obras servem para o galardão. Galardão é a recompensa que teremos nos céus pelas nossas boas obras na Terra (Ap 22:12). Essa recompensa será nivelada. Aquele que muito evangelizou, muito se santificou, muito fez caridade, muito ajudou as pessoas e procurou praticar o bem de todas as formas terá uma recompensa maior do o que fez pouco. Ambos serão salvos e estarão nos céus pela graça de Cristo. A diferença estará no galardão que do primeiro obviamente será bem maior. Aquele irmão que só aparece na igreja no domingo a noite terá uma recompensa menor do que aquele que vive na obra, embora os dois estarão nos céus.

 

Esse galardão é controverso entre os estudiosos. Alguns dizem que ele é níveis de função nos céus (Ap 22:12). Assim aquele que fez mais obras terá um patamar maior. É como se ele fosse ser um sargento ou tenente em vez de apenas soldado. Outra teoria diz o nivelamento será feito na forma como vamos sentir Deus. Aquele que fez mais obras sentirá Deus mais intensamente. Independente do que for o que importa é saber distinguir bem o que é a salvação e o galardão sendo as boas obras importantes para o segundo. Que saibamos também que tudo que fazemos para o Senhor não é vão, mas ele irá nos recompensar.

 

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