A Bíblia Sagrada é um livro divino-humano, ou seja, existe parte que veio de Deus (Deus deu sonhos, visões e algumas vezes ditou palavras para os profetas e apóstolos) e a parte humana é o profeta/apóstolo usando sua cultura e estilo de escrita para registrar a revelação de Deus. Algumas vezes simplesmente o apóstolo narrou fatos históricos que presenciou (ou coletou de outras testemunhas) como no caso dos evangelhos.

Estes livros escritos por apóstolos foram guardados e preservados pelos primeiros cristãos. Contudo, com o tempo eles foram perdidos e o que o sobrou foram milhares de cópias. O Novo Testamento, só em grego, possui cerca de 5 mil cópias.

O que é feito então? Já que os escritos originais dos apóstolos não existem mais? Bom, isso é algo bom tendo em vista que se ainda houvesse os escritos originais bastaria alguém retirar ou aumentar algo neles que o texto bíblico estaria adulterado e provavelmente ninguém perceberia.

Como eles não existem mais, é feito um processo científico denominado de "reconstrução". Eruditos da Papilologia (Ciência que estuda os papiros que foi o material utilizado para escrever o Novo Testamento) e da Arqueologia, entre outros, comparam as milhares de cópias feitas em vários idiomas e conseguem reconstruir o texto bíblico.

O índice de confiabilidade é de cerca de 98%, ou seja, a precisão do texto é alta e as principais doutrinas do Cristianismo são preservadas. Se houver algum erro, é erro irrelevante não afetando a fidelidade do texto bíblico.

Neste sentido, no aspecto de sua formação, a Bíblia Sagrada é um livro científico. A Ciência ajuda na reconstrução e na tradução dos textos bíblicos. É também científica a Bíblia porque é um livro histórico (no sentido de conter vários fatos históricos), a História também é uma Ciência. A Arqueologia tem confirmado muitos fatos descritos na Bíblia.