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Análise de Artigo Jeovista
Um determinado site jeovista defende em um artigo a interpretação literal de Provérbios 2-28 e sua aplicação a Cristo, colocando assim ele apenas como um ser criado e não como Deus. O velho Unitarismo e Unicismo. Um leitor pediu para eu dá uma olhada. Eu olhei e aqui vai minha análise. Deixo claro que não é uma refutação formal, mas observações em síntese para atender o leitor que pediu. Segue o texto dele em azul:
''O entendimento de que a “sabedoria” personificada de Provérbios capítulo 8 é na realidade, figurativa de Jesus na sua existência pré-humana sempre existiu na maioria das igrejas que se dizem cristãs.Tal entendimento é comumente observado nos escritos dos Pais da Igreja dos primeiros séculos do cristianismo (incluindo estudiosos notáveis como Orígenes, Irineu, Justino Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano, etc) Muitos eruditos da Bíblia (inclusive trinitários) chegaram mesmo a dizer que tal ligação é feita no Novo Testamento em 1 Coríntios 1:24.''
O autor do site utiliza-se da falácia de apelo a autoridade. Mesmo que as citações que ele faz estejam dentro do contexto, tenho minhas dúvidas sobre isso, não é suficiente para provar sua tese. Mesmo esses estudiosos podem errar, isso serviria para refutar um católico que segue a tradição. Mas não serve para refutar um protestante que segue o princípio da livre interpretação. Isso não quer dizer que a pessoa pode interpretar da maneira que quiser, mas que deve deixar a própria Bíblia interpretar a si mesma. Deve deixar a evidência bíblica levá-la para a verdade. E não há evidência bíblica para afirmar que aquela sabedoria era Cristo. O texto é claramente poético.
Interpretações cristológicas de Provérbios 8:22 não eram populares somente nos séculos que se seguiram a morte dos apóstolos. Podemos encontra-las em diversos escritos dos séculos 18 e 19. Por exemplo, comentaristas conservadores e eruditos como a obra Comentários de 1710 de Matthew Henry relata referente a sabedoria de Provérbios 8:22-31: “que é uma pessoa divina e inteligente que aqui fala, parece muito claro, e que não se refere a apenas um mera propriedade da natureza divina, pois a Sabedoria aqui tem propriedades pessoais e ações; e essa pessoa divina inteligente não pode ser nenhum outro a não ser o próprio Filho de Deus, de quem as principais coisas aqui referidas como da Sabedoria são atribuídas em outras escrituras, e devemos explicar as escrituras por [usar] elas mesmas”.
Essa é outra parte que considero interessante para comentar. Veja que ele cita um erudito para dizer que a sabedoria era Cristo. Acontece que no argumento do erudito ele coloca que a sabedoria têm propriedades pessoais e assim não poderia ser apenas uma força da natureza.
Um ponto importante, é que esse é o mesmo argumento usado para provar a existência do Espírito Santo como pessoa da Trindade. A textos que trazem propriedades pessoais do Espírito Santo (Ef. 4-30) e jeovistas não aceitam falando que se trata de linguagem poética/metafórica. Mas por que quando é o Espírito Santo é linguagem metafórica e quando é a sabedoria eles dizem que o texto é literal? Há aqui uma clara contradição.
A verdade é que o contexto dos textos que falam do Espírito não é metafórico, mas literal. Diferente do livro de Provérbios onde se encontra a sabedoria, ele é repleto de linguagem poética.
Em suma ele tenta nos convencer pelo apelo a autoridade. Mas isso não funciona com quem se baseia na evidência bíblica e ela aponta para a plena divindade de Cristo (Is 9-6, Cl 2-9).
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